quarta-feira, 15 de julho de 2009

trechos de uma carta enviada a alguem (link para a website da minha ong)

"...Venho por meio desta, matar um pouco daquilo que "in my heart is poured with felling" saudade. Palavra que de tão bela não tem outra tradução, mas que caminha nas artérias lusitanas de meu coração...

Já passado alguns meses aqui nas Índias Orientais, sinto-me encenando Os Lusíadas!

Não é exagero, muito menos pretensão! É apenas um fato... O que Camões descrevera fora transcendental... Imutável... O que fora, o que é e o que será! A Índia com seus mais de 3 mil anos de história mantém enraizado os mesmos costumes, valores e deuses de outrora.

É fantástico e ao mesmo tempo assustador. Ver o fascínio do culto e a humildade dos valores, sendo representada da primeira a terceira geração... E ao mesmo tempo a consequência dessa cega obediência e complacência em todas as sarjetas desta grande nação.

Aliás, o pensado bem o conceito de nação, googleing você verá que ela difere um pouquinho das dos brasileiros....

Aqui nação não pode ser definida como o conjunto de indivíduos ligados pela mesma língua e por tradições, interesses e aspirações comuns; povo. Nem muito menos casta; raça. Entom, sobra a política..: conjunto de indivíduos que constituem uma sociedade política autônoma, fixada num determinado território, regida por leis próprias e subordinada a um poder central.

Por que digo isso?

No estado onde eu moro só se fala 7 línguas, onde a predominante é a Marata. Por esse motivo o estado e denominado de Maharastra. Para os outros 28 estados, deve ter mais um punhado de línguas, dialetos, formas coloquiais e palavrões. Com relação ao inglês... ele é falado por mais de 180 milhões de pessoas em todo país. Maior que a população do Brasil e que não corresponde a 20% do da Índia...

Interessante é que apenas as pessoas alfabetizadas possuem conhecimento do inglês, pois é a língua pelo qual são alfabetizadas nas escolas.

Mais fatos curiosos... na cidade onde moro, Mumbai, antiga Bombay ou Bombain (boabaia) como diziam os portugueses quando aqui chegaram, a população gira em torno de 17 milhões aproximadamente (não confio no sensu indiano, aliás ninguém aqui confia..). onde cerca de 50% da população mora em favelas. Sendo considerada a maior favela do mundo... e uma das maiores cidades também...

O maior dos fatos curiosos... O estado, como todo restante do país, é predominantemente agrário.

17 milhoes... considerada a cidade que nunca dorme pelos indianos... com suas noites badalas e coisa e tal... (mas que tem todos os estabelecimentos fechados por volta das 2:00 a.m. até as 8:00 a.m... LEI NACIONAL)... maior favela do mundo... ainda não sofreu a emigração... Quer dizer... todo esse povo humilde... que na minha first impression.. pareciam, pelo comportamento tolo, apenas caipiras que correram atrás do sonho da cidade grande... na verdade não representam mais que aquela fina camada gordurosa, branca ou amarelada, que se forma à superfície do profundo copo de leite. E que ironicamente de nata não tem nada!

Pois bem, aonde é que eu me insiro nessa loucura toda?

A minha ONG é só mais uma dentre as mais de mil organizações sem fins lucrativos de Mumbai. É isso mesmo: mil e cacetada... Esse é o montante de ONGs sem fins lucrativos de MUMBAI... Nela, agente desenvolve um trabalho de reabilitação de crianças especiais. Chique, neh?!

Aqui, por ser estrangeiro clarinho e loirinho, me tornei mais um porta-voz da organização para a captação de fundos e doações. Os indianos gostam de saber as particularidades da vida alheia. Seja no trem, seja na rua, na 25 de março do seu bairro... Sempre param e me perguntam qual meu país de origem, quanto tempo estou, o que faço aqui e se gosto da Índia. Normalmente a última pergunta vem sempre com acompanhada de um sorriso bem amarelo.

Estando aqui uno e exclusivamente dedicado a ONG, sempre penso em maneiras de agregar o que faço. Então, numa das tentativas de “approach” novos doadores, comecei a idealizar uma website... Meu conhecimento, todavia, pra criar essas coisas é limitado... Num sei nada dessas linguagens, C, C+, C++, C+++... Java daki, Java daí... PhP... Flash... muito menos dos programas. O que sei é a teoria muita bem copiada do meio acadêmico... sobre sociedade do simulacro, interatividade e e-commerce. De resto babo!

Pois bem, eis que montei o plano com todo o conteúdo e enviei pro web designer. Num é que para minha surpresa ele não sabia nada de arte!?

O maledeto mentira (pra variar)! Não sabia nada de desing. Fiquei mais quase um mês preso en cuesta cosa. Aventurando me em layouts e mais layouts,. pra ver o que estava em voga... Figuras vetorizadas do tipo .cdr. Quando não .png, .tif, .gif, jepg... Cores tipo pantone 1797 M ou 660 M... Efeitos como drop shadow tool, extrude tool, tranparency tool, freehand tool, polyline too and the fucking whatever tool that you can image...

Fucking pussy man, as the Indians says... or just fag web designer!

Pior é que não tinha jeito de relaxa, pra tenta visualiza algo legal. Meu escritório é dentro de uma escola. Então é gritaria pra todo lado. Fora as condições, neh?! Realiza ai ó: índia – mumbai – ONG - escola pública – 38ºC - no conditional air - no toilets...

...Já comentei que gasto 1 hora e meia só do flat até o escritório?

Enfim, no final, apesar do meu ceticismo com a relação a minha arte, ficou bom, pros padrões indianos... Não pra mim, amador, claro! É que no fundo, minhas próprias limitações técnicas, impediram maiores desvarios.... “NO tecnic... NO art...”

Agora o que pegou mesmo foi quando o kra, não soube copiar o que eu lhe havia entregado. Bixo... Fiquei irado! Além de ter que fazer o trabalho pra ele... o sujeito fora incapaz de dar Ctrl C e Ctrl V... Até o trabalho sujo tava ficando pra mim... Sujo porque é braçal... Pior que não ganhar nada pra fazer isso... é paga o FDP no fim do mês!

Eis que no fim... aquilo que demoraria uma semana... ficou pra um mês...ou dois..."

Essa fora a tonalidade do email dado. O site ainda não está no ar totalmente... mas tem esse link.. caso queiram depreciar meu trabalho:

http://www.icmh.org.in/home.html

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